Envelhecendo na estrada !: Mais um dia na estrada !

Boa noite a todos, na verdade a sequencia da viagem ficou meio perdida por conta da internet, então daqui pra frente vamos da maneira que conseguimos, esperando pela melhora.

Primeiramente e por sugestão dos amigos que nos acompanham, especialmente o amigo Eduardo Desouza que nos acompanha dos estados unidos lá vai.....

1 - Robson, 60 anos, o nosso Coronel nesta nova jornada, este Coronel Condecorado pela polícia Militar de SP.

2 - Robertão, 60 anos, Empresário e Motociclista a mais de 40 anos, atualmente pilota seu Triciclo Hotsnack .

3 - Carlão, 52 anos, Casado, Empresário e Motociclista meio aposentado, pilotando sua Pick-UP.

Ambos podem ser identificados embarcados na Nissan Frontier.

4 - Claudinho, 58 anos, Casado, Fiscal de obras da Prefeitura de Santo André. Também pilota sua cadeira de rodas Hotsnack, (quando está bom ).

5 - Luciano, 45 anos, Casado, Empresário e o único do sexo feminino do grupo.

6 - Adilson, 52 anos Casado, Empresário, e Pilota sua Caminhonete.

Ambos podem ser identificados embarcados na Hilux.

7 - Valdeci, 51 anos, casado, Empresário e Pilota sua motocicleta personalizada Versys 1000.

8 - Ale Crippa,41 anos, Casado, Empresário, e Pilota a motocicleta BMW GS 1200.

Estamos hoje em Puno-Peru onde tiramos o dia de folga para desfrutar a beleza na beira do Lago Titicaca, este que é o maior lago navegável em uma Altitude de 3840 mts.

Recapitulando, viemos parar aqui saindo de La Paz, capital da Bolívia. uma cidade excepcional que fica em um vale onde suas ruas ( ladeiras ) descem e sobem em círculos, detalhe é que o transito de La Paz é muito complicado pois não existem pontos de ônibus tão pouco sinalização. São muitos taxis, vans e ônibus que circulam por toda cidade e param em qualquer lugar onde encontram um passageiro. Sem contar as feiras que existem na cidade por todos os lados, nelas são encontradas desde verduras Legumes, animais vivos. açougues ( aqui chamados de carniceria ) também são facilmente vistos no meio das tais feiras.

Além de um sério problema com o trânsito, os motoristas não tem o mínimo de paciência a ordem é do mais forte e as businas.....ahhhh as businas passam dos limites da irritância. Nas esquinas existem guardas porém ao invés de tentar organizar o trãnsito, ficam em exposição. Para completar chegamos em uma época parecida com o nosso carnaval e as ruas principais estavam todas tomadas por desfiles e o pessoal que foi prestigiar o evento sendo transportados acabaram fechando por completo todas as ruas. Chegamos a La Paz as 19:00 e conseguimos encontrar um hotel quase 23:00, estávamos exaustos.

Depois de uma bela noite de sono chegou o dia que seria um dos ápices da viagem, a destemida estrada da morte, aqui conhecida como Camiño de La Muerte, acordamos bem cedo e partimos. Nossa passagem pela Bolívia, praticamente deu-se a passagem de tal Caminho e fomos confiantes, o coração disparado e a adrenalina a Mil, dores de barriga foram comuns e a altitude de 4800 metros foi quase que ignorada por conta da adrenalina. Fizemos uma parada no mirador onde pudemos admirar toda beleza das montanhas cobertas por gelo de onde partem os ciclistas que se aventuram pelo caminho dentre eles alguns brasileiros que tivemos contato.
Descendo por uma estrada com um declive muito acentuado e cheio de curvas, seguimos procurando, a entrada do caminho e ao encontrar houve a minha maior decepção, pelo caminho passavam apenas bicicletas por conta de um deslizamento sobre o caminho, desci por alguns metros para sentir a sensação de estar naquele lugar.
No passado a estrada da morte era usada para ligar entre outras cidades Coroico e por conta dos acidentes que ali ocorriam foi dado este nome. A estrada fica situada no alto de um vale que chega a 500 metros de altura até o chão, realmente uma paisagem de tirar o fôlego. Atualmente há uma outra estrada paralela a Estrada da Morte, com mão dupla e de boa conservação que foi por onde descemos até Coroico, Novamente entramos na estrada, desta vez de baixo para cima e circulamos por alguns kms, tiramos algumas fotos e rumamos sentido Puno. Tivemos o ¨prazer¨de passar novamente por La Paz, onde as ruas ainda encontravam-se interditadas e o GPS do Adilson que nos guiava, só nos levava para ruas principais onde estavam instaladas as feiras e as festividades. Subimos uma ladeira enorme que por coincidência ficou batizada de ( Ladeira Valdeci ), por conta da compra de um terreno no cume da ladeira, falamos disso mais tarde quando passar o trauma. rs.

Nossa viagem teve alguns imprevistos que nos obrigou a trafegar na parte da noite, dentre os quais, a dificuldade de combustível na Bolívia, no país de Evo Morales, a maioria dos postos de combustível se recusam a abastecer veículos estrangeiros. Quando o fazem, tem uma má vontade tremenda e ainda por cima com preço bem diferente dos praticados para os Bolivianos. A diferença é assim 3,70 Boliviar para residentes no país e 8,83 Bolivar para estrangeiros. Esta trata-se de uma lei nacional e não há conversa,nem mesmo o Carlão com sua conversa doce que iria ficar vários anos na Bolívia conseguiu convencer os frentistas ou mudar a lei. Ainda assim a dificuldade para pagar é enorme e não há negociação para aceitar outra moeda que não o Bolivar. Só para finalizar esta questão, além de não existir calibradores de pneus em toda Bolívia e sem nenhum comércio nos postos, ainda fomos tocados de vários deles.

Outro imprevisto que nos tomou muito tempo foi a passagem pelas fronteiras e Aduanas, a burocracia é muito grande e muito demorada, os funcionários são desinteressados, despreparados e desmotivados, Na entrada da Bolívia ficamos 2 horas para poder preencher todos os requisitos e na entrada do Peru, ontem ficamos outras 2 horas, pegamos um senhor de idade muito atencioso, porém não tinha o mínimo de noção de informática e quando conseguiu preencher os dados no computador a impressora não funcionava. Tive um enorme prazer em identificar os dados de todos os documentos de todos os veículos, na verdade queria encher o velho de soco e sair de lá com tudo.

Depois de tudo resolvido as 20:00 partimos em direção a Puno rodando 150 kms ainda fomos parados pela polícia que nos solicitou o seguro Soat ( Seguro obrigatório exigido no País ), explicamos que ingressamos aquela hora e após cuchicharem acabaram por nos liberar não antes de nos dar um belo sermão a respeito de velocidade e bebidas ao dirigir. Paramos a uns 20 metros a frente para esperar os demais e tomamos uma bela dose de tequila, chegando por volta das 23:00 se instalando em um belo hotel na beira da estrada e a beira do Lago Titicaca.

Abaixo algumas fotos e amanhã se deus quiser nos encontramos de novo desta vez em Cusco de onde partiremos para Matchu-Pichu.

Abraços e Beijos a todos, familiares e amigos que nos acompanham, especialmente ao meus amigos que estão ligados Edu Praia e Rodrigo Galbeiiiiiro.